Mato Grosso lidera com 4.618 mil focos de acordo com dados divulgados no dia 3 de agosto.
As queimadas podem ter causas naturais, como raios (classificadas tecnicamente como incêndios florestais), mas, em sua maioria, resultam de ações humanas, como: fogueiras mal apagadas e, em alguns casos, atos criminosos.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre 1º de janeiro e 03 de agosto de 2025, o Brasil registrou 27.803 focos de queimadas. O estado do Mato Grosso lidera o ranking com 4.618 ocorrências, seguido por Tocantins (4.077), Maranhão (3.563), Bahia (2838) e Pará (2060). O estado de São Paulo aparece em 14º lugar na lista nacional.
Com o aumento das temperaturas globais e a ocorrência de secas prolongadas, tanto a frequência quanto a intensidade dos incêndios florestais têm crescido. Em 2024, o país registrou 37.302 focos de queimadas — o maior número da série histórica recente, superando os anos anteriores: 20.106 em 2023, 23.552 em 2022 e 23.136 em 2021.
Como prevenir incêndios florestais
· Não jogue lixo ou entulho às margens das rodovias;
· Não descarte bitucas de cigarro ou fósforos no chão, especialmente em áreas com vegetação seca;
· Evite o uso de fogo para limpeza de terrenos ou queima de lixo;
· Não acenda fogueiras próximas a áreas de mata;
· Mantenha terrenos limpos em regiões próximas à vegetação seca, removendo folhas, galhos e materiais inflamáveis;
· Não solte balões com fogo, pois eles podem causar incêndios;
· Fique atento a atividades suspeitas e denuncie imediatamente à polícia (190) ou ao Corpo de Bombeiros (193).
Perigos dos incêndios florestais
Para motoristas que trafegam por rodovias próximas a áreas de mata, os incêndios florestais representam sérios riscos, como:
· Formação de fumaça densa;
· Redução da visibilidade nas estradas;
· Possíveis bloqueios ou interdições rodoviárias e aeroportos.
A fumaça proveniente dos incêndios também representa um risco à saúde pública, podendo causar ou agravar problemas respiratórios, como asma e bronquite. Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas devem redobrar a atenção e evitar a exposição à fumaça.
Tecnologias para combate ao fogo
Nem sempre o uso de água é suficiente para extinguir incêndios em áreas de mata. Segundo Alexandre Mitidieri, diretor de Negócios da Kidde Global Solutions (KGS), uma das soluções modernas utiliza a combinação de água e LGE (líquido gerador de espuma), que aumenta a eficácia no combate ao fogo.
Mitidieri explica que essa mistura atua no resfriamento do material em combustão: “O produto deve ser aplicado com esguichos convencionais, tanto em jato sólido quanto em neblina. A solução penetra rapidamente no material combustível, permitindo que as propriedades de resfriamento da água atuem com mais eficiência no controle do fogo.”
Dados do período de 01/01 a 03/08 de 2025 (INPE)